Tema: Justiça e Paz de abraçarão
Antes
de falarmos sobre Justiça, é preciso entender não apenas as teorias que ensejam
o conceito do tema. Necessário compreender como, de fato, a Justiça nos atinge.
Qual a Justiça sentida e, sobretudo, vivida nos nossos dias.
Comecemos
com o paradigma ente Poder Judiciário (Direito) e Justiça. Em que pese o ideal
do Direito seja a Justiça aplicada ao caso concreto, é certo que Direito não é
Justiça. Por isso, costumo dizer que o vitorioso num processo judicial não é
aquele que de fato é detentor da razão, mas aquele que faz melhor prova acerca
de sua razão.
Assim,
desmistificando nossos anseios de Justiça em casos concretos vividos e
experimentados através da imprensa, precisamos compreender que a Justiça é uma
consequência de atos que nos levam a fazê-lo acontecer ou não.
“O caso dos exploradores
de caverna”, que pode ser experimentado em forma de dinâmica (Tribunal de Juri)
é emblemático a partir do momento que os ideais de Justiça se deterioram quando
a motivação para determinados atos fogem à nossa realidade, ou “realidade
social”.
Por
tudo isso, penso que a teoria de John Rawls a respeito do “véu da ignorância” é
fundamental para entendermos a sociedade em que vivemos e ao mesmo tempo
alcançar a tão sonhada Justiça.
Em
suma, conhecedores das realidades sociais fazem-se necessário retrocedermos ao
entabulamento do Contrato Social e nos revestirmos do 'véu da ignorância' a
respeito de nós mesmos inseridos na sociedade e então estabelecermos as
condições desse novo contrato. Esse é um resumo, bem apertado, da teoria de
John Rawls.
Em
última análise, como membros da Igreja de Cristo, como vivemos a realidade da
Justiça? Qual a nossa motivação para viver e exigi Justiça? Como a própria
Igreja se porta em relação às suas injustiças enquanto atos humanos e as
exigências do evangelho enquanto ato divino e verdadeiramente Justo?
Pedro
Guilherme K. Vanzella
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