Conforme
apresenta o Documento de Aparecida, “a Leitura orante, bem praticada, conduz ao
encontro com Jesus-Mestre, ao conhecimento do mistério de Jesus-Messias, à
comunhão com Jesus-Filho de Deus e ao testemunho de Jesus-Senhor do Universo”
(DA 249). Portanto, a meditação da Palavra deve nos levar a conhecer melhor
Jesus, para poder amá-lo, segui-lo e anunciá-lo.
A partir
daí entendemos que o comprometimento com a evangelização perpassa pela
experiência de Deus mediante o contato sistemático com a Palavra.
Através
da experiência pessoal e comunitária de escuta e de obediência à Palavra, somos
capazes de deixar-nos envolver pelo plano amoroso e libertador de Deus.
O
Concilio Vaticano II no Decreto Apostolicam Actuositatem já dizia que “só pela
luz da fé e meditação da Palavra de Deus, pode alguém reconhecer sempre e em
toda parte a Deus no qual “vivemos, nos movemos e existimos” (At. 17,28),
procurar em todas as circunstâncias a Sua vontade, ver Cristo em todos os
homens [...]” (AA 4).
Toda
leitura orante da Palavra tende a nos conduzir à oração. Orar é, em primeiro
lugar, um relacionamento amoroso e gratuito com Deus. A autêntica oração é
sempre união e intimidade com o Deus Criador. E os frutos desta oração se
manifestam ao longo da vida. A oração nos traz de novo a sensibilidade humana,
muitas vezes, esquecida em nosso cotidiano. Quem ora se compromete, quem ora
entende a dor e o sofrimento do outro. É impossível rezar e ficar de braços
cruzados, sem perceber o sofrimento de tantos irmãos sofredores. A oração
conduz a um apostolado fecundo.
A
leitura da Palavra de Deus só tem sentido na medida em que nos leva ao encontro
com Cristo, aprofunda nossa união com Ele, e nos leva a retratar em nossa vida
a sua palavra e as suas atitudes, para que nós sejamos cada dia mais discípulos
e missionários dele no mundo de hoje. Esse é o verdadeiro sentido da leitura
orante da Palavra de Deus.
Ir. Ana Brito – Irmãs de Cristo Pastor
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