Por: Adriano Roberto Mangholdt
“Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele domine
os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, todas as feras e todos
os répteis que rastejam sobre a terra. (...) Eu entrego a vocês todas as ervas
que produzem semente e estão sobre toda a terra, e todas as árvores em que há
frutos que dão semente: tudo isso será alimento para vocês. E para todas as
feras, para todas as aves do céu e para todos os seres que rastejam sobre a
terra e nos quais há respiração de vida, eu dou a relva como alimento. E assim
se fez. E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo era muito bom. Houve uma
tarde e uma manhã: foi o sexto dia”. (Gn 1,29)
É fato: o
homem é racional. Isso quer dizer que pensa, significa que consegue entender,
planejar, criar estratégias, prever e prevenir. O ponto mais marcante, é que além
de se comunicar é capaz disso sem dizer uma palavra se quer. Mas sua grande
genialidade é se colocar no lugar do outro. Sentir o que outro sente, pensar o
que o pensa, entender da forma que outro entende e decidir com ele. Será isso
tudo verdade?
Se
verdade for, por que certas coisas acontecem? O homem capaz de matar sua
namorada; o pai que joga a filha pela janela; a filha assassina o pai a pauladas,
jovens de armas empunho puxam o gatilho por moedas!
Por mais
distinto que o homem seja dos demais seres, parece que não consegue aceitar o
outro. O direito que tem de lutar pela vida, mesmo em uma UTI. O outro pode não
querer o mesmo que nós. Dizer sim quando a razão aceita unicamente o não.
Precisamos
entender que o outro não é somente outro: um cão, um cavalo, um rato! É o ser
humano. Esse outro pode ser pai, mãe, avo, tio... Alguém que pode estar
implorando: deixem-me viver! Ou talvez: eu estou aqui. Capaz de amar e ser
amado por alguém. Acima de tudo o outro
que encontramos no ônibus, no banco, na rua é o eu de alguém. E pode ser que para
você seja apenas outro. Assim como você é para ele.
Nos dias
de hoje uma pergunta existe: talvez ninguém a faça ou se faça! Mas ela existe e
tem a sua força: o que é a vida? A pessoa está perdendo características vitais:
o amar, sorrir, o olhar, o conviver!
A vida nos
olha e diz: eu estou aqui, e quero viver!
“O
que foi que você fez? Ouço o sangue do seu irmão, clamando da terra para mim”(Gn
4,10).
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